ASF apresenta a primeira edição do Relatório anual de Exposição ao Risco Climático dos setores Segurador e dos Fundos de Pensões
03-01-2024
ASF
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A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões apresenta a primeira edição do Relatório anual de Exposição ao Risco Climático dos setores Segurador e dos Fundos de Pensões, ao abrigo do disposto na Lei de Bases do Clima - Lei n.º 98/2021, de 31 de dezembro, - aprovado pelo seu Conselho de Administração em dezembro de 2023.
- Os setores segurador e de fundos de pensões estão, por via das suas carteiras de dívida privada, expostos a níveis moderados de riscos climáticos de transição. Estas carteiras refletem a exposição a emissões de dívida por empresas privadas atualmente conotadas, maioritariamente, como líderes no seu setor de intervenção, e afiguram-se resilientes a medidas regulatórias que impulsionem a redução da emissão de gases com efeito de estufa, ou forcem compensações adicionais pelas mesmas.
- A exposição a riscos climáticos de transição dos setores segurador e de fundos de pensões, por via da detenção direta de títulos acionistas, é limitada. No caso da carteira de não ligados do setor segurador, onde a representatividade da exposição acionista direta é relativamente superior, 86% das posições acionistas são conotadas como de baixo risco de transição.
- No seio dos setores de atividade económica a que as empresas de seguros e os fundos de pensões se encontram mais materialmente expostos, por via de títulos privados, os conexos com a água e a eletricidade foram identificados como os mais propensos a sensibilidade à transição para uma economia de baixo carbono.
- A exposição, por via de títulos soberanos, dos setores supervisionados aos riscos decorrentes da transição dos diversos países para a neutralidade carbónica é preliminarmente avaliada como contida. Os emitentes soberanos com maiores representatividades nas carteiras dos setores segurador e de fundos de pensões apresentam scores climáticos tendencialmente acima da média da União Europeia, embora por margem limitada.
- O reinvestimento de montantes vincendos e a realocação de investimentos terão um papel chave na exposição dos setores supervisionados pela ASF a riscos climáticos de transição, dado que estes riscos se encontram, maioritariamente, por materializar.
- No que toca à exposição a riscos climáticos físicos por via de coberturas seguradoras, a linha de negócio segurador Não Vida de Incêndios e Outros Danos em Coisas é identificada como a mais exposta às alterações climáticas. Esta linha de negócio está sujeita a riscos físicos agudos e crónicos, com a ampla maioria das coberturas contempladas a serem suscetíveis de suster efeitos decorrentes das alterações climáticas.
- Quanto à integração dos riscos de sustentabilidade nas práticas de governação, no setor segurador as atividades de investimento afiguram-se como a componente com uma integração mais avançada. As componentes de subscrição e de políticas de remuneração revelam os estágios menos desenvolvidos.
- No caso do setor dos fundos de pensões, os aspetos gerais de governação e a política de investimentos afiguram-se como as áreas de maior maturação. Os estágios menos maturados são observados nas áreas de comercialização de produtos financeiros e política de remuneração.
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