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Migalhas de pão

Painel de Riscos do Setor dos Fundos de Pensões da ASF – junho de 2024

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) publica hoje a mais recente edição do Painel de Riscos do Setor dos Fundos de Pensões, apresentando o panorama atual dos riscos relevantes para o setor nacional, face à informação disponível. Em concreto, o Painel considera a informação das variáveis financeiras relativa a 25 de junho de 2024, conjugada com os dados reportados pelas entidades gestoras de fundos de pensões, com referência a 31 de março de 2024.

Na avaliação de março de 2024, procedeu-se à revisão em baixa da categoria de riscos macroeconómicos, passando de alto para médio-alto, a qual se mantém na avaliação de junho do mesmo ano. Não obstante a persistência de vulnerabilidades no panorama internacional, relacionadas com os conflitos geopolíticos no Leste Europeu e no Médio Oriente, assim como a incerteza política em várias jurisdições, esta revisão baseou-se na melhoria dos indicadores nacionais. Em particular, registou-se um robustecimento das projeções de crescimento económico e da relação entre a dívida pública e o PIB, assim como uma desaceleração da inflação, na variação em cadeia, apesar do valor mais elevado registado em maio de 2024.

Os riscos de crédito e de mercado permanecem classificados em médio-alto. No âmbito dos riscos de crédito, destaca-se a redução dos prémios de risco durante o primeiro semestre de 2024, embora com algumas flutuações ao nível do mercado de obrigações privadas no período mais recente.

Quanto aos riscos de mercado, observou-se uma diminuição da volatilidade nos mercados obrigacionistas em comparação com o final de 2023, enquanto, nos mercados acionistas, se assistiu a um aumento da volatilidade, especialmente no segundo trimestre de 2024, atingindo um valor superior ao do final do ano anterior.

A categoria de riscos de liquidez mantém-se avaliada em médio-baixo, registando-se, contudo, uma tendência inclinada ascendente relativamente à avaliação de março de 2024, que deriva de uma ligeira deterioração no rácio de liquidez dos ativos na avaliação de junho do mesmo ano.
A avaliação da rendibilidade e solvabilidade das sociedades gestoras de fundos de pensões manteve-se no nível baixo, apesar de uma ligeira deterioração dos respetivos indicadores.

A classificação dos riscos de interligações foi revista em baixa, passando de médio-baixo para baixo no último semestre em análise, em consequência das reduções verificadas nas exposições aos setores bancário e de outras instituições financeiras. Paralelamente, observou-se uma diminuição do nível de concentração dos ativos por setor de atividade, embora com evolução heterógena entre fundos de pensões.

Os indicadores específicos dos planos de Benefício Definido e de Contribuição Definida mantiveram-se no patamar de baixo risco. De destacar que a rendibilidade global acumulada dos fundos de pensões foi muito positiva em 2023, mantendo-se, apesar de mais comedida, em terreno positivo no primeiro trimestre de 2024. Em relação aos planos de Benefício Definido, não obstante a ligeira redução dos níveis médios de financiamento no final de 2023, estes rácios mantêm-se globalmente em níveis confortáveis, quando comparado com o histórico recente.
 

Consulte o Painel de Riscos do Setor dos Fundos de Pensões da ASF aqui 


Sobre o Painel de Riscos dos Fundos de Pensões
O Painel de Riscos do Setor dos Fundos de Pensões português, de análise trimestral, é uma das ferramentas utilizadas pela ASF para a identificação e mensuração dos riscos e vulnerabilidades do setor na perspetiva da preservação da estabilidade financeira, tendo por base um conjunto de indicadores, e considerando 8 categorias de risco: macroeconómico, crédito, mercado, liquidez, rendibilidade e solvabilidade das SGFP, interligações, específicos de planos de pensões BD e específicos de planos de pensões CD.
No Painel, o nível dos riscos é representado pelas cores: vermelho – alto; laranja – médio alto; amarelo – médio baixo; e, verde – baixo. A tendência de evolução dos riscos refere-se à alteração face ao último trimestre e é representada pelas setas: ascendente – aumento significativo do risco; inclinada ascendente – aumento do risco; lateral – constante; inclinada descendente – diminuição do risco; e, descendente – diminuição significativa do risco.
 

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