Relatório de Evolução da Atividade Seguradora

No final de 2024, a produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal aumentou 21,1% face ao final de 2023, situando-se em cerca de 14,3 mil milhões de euros. O ramo Vida apresentou um crescimento de 34,9%, tendo sido relevante para este acréscimo o aumento verificado nos seguros de Vida Não Ligados (34%). Os ramos Não Vida registaram um crescimento de 10,4%, de onde se destacam os crescimentos de 17,5% no ramo Doença e de 9,8% do ramo Automóvel.

No mesmo período, os montantes pagos de seguro direto apresentaram um decréscimo de 4,7%. Os montantes pagos do ramo Vida diminuíram 12,5%, enquanto os referentes aos ramos Não Vida cresceram 10,3%.

O valor das carteiras de investimento das empresas de seguros, no final de 2024, totalizou 52,5 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 4,1% face ao final do ano anterior. Na mesma data o volume de provisões técnicas foi de 43,7 mil milhões de euros. 

O rácio estimado de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade (VaR 99,5%, um ano) e que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 207%, refletindo um acréscimo de três pontos percentuais face ao final de 2023. O rácio estimado de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 545%, refletindo um aumento superior a cinco pontos percentuais face ao final do ano anterior.